terça-feira, 1 de novembro de 2011

Nova Lima, a cidade do ouro




Em Minas Gerais um pequeno arraial cresceu através da exploração de ouro, onde no passado a maioria da população vivia em função do ouro. A emancipação da cidade ocorreu em 5 de fevereiro de 1891 com o nome de Villa Nova Lima em homenagem ao historiador e político, Antonio Augusto de Lima passando posteriormente a ser chamada Nova Lima.





 

Mina de Ouro: Sendo o maior centro de exploração de ouro do Brasil, Minas Gerais começou a ser ocupada no final do século 17 quando foram feitas as primeiras descobertas de ouro nas regiões de Sabará e Ouro preto em 1690.

A exploração do ouro na Mina de Morro Velho em Nova Lima pertencia à família do Padre Antonio de Freitas, que tinha processos muito rudimentares e utilizava mão-de-obra escrava. Um capitão inglês, George Francis Lyon, se interessou pela propriedade e comprou-a em 1830.

Quatro anos depois, Saint John D’el Mining Company adquiriu a Mina de Morro Velho iniciando a exploração de ouro. O processo de modernização da Morro Velho ocorreu com a chegada de George Chalmers, que assumiu a administração da mina em 1884 transformando-a na mina mais profunda e famosa do mundo. Hoje é administrada pela AngloGold Ashanti.






Centro de Memória Morro Velho: Inaugurado em 1994, o Centro de Memória Morro Velho é um espaço histórico-cultural aberto ao público e tem como objetivo preservar a história e a memória da evolução tecnológica de mina subterrânea na extração de ouro no século 18.

A Casa Grande é um casarão que foi construído pela família do Padre Antônio Pereira de Freitas. Após a chegada dos ingleses, a Casa Grande serviu de moradia aos superintendentes ingleses.

O Bairro das Quintas é marcado por construções de origem inglesa, desde o período de instalação da mineradora. Dizem que provavelmente a expressão muito mineira "Uai" tenha se originado neste local da expressão inglesa "Why".







Bikame: Cartão postal de Nova Lima, o famoso Bikame hoje desativado, é um tubo que corta a cidade que tinha a função de levar a água até o ponto de extração de minério. Foi construído por ingleses para ser utilizado no beneficiamento de minério.

Até 1953 funcionou como reservatório de emergência. Com 194 metros de comprimento e quase 13 metros de altura, a construção tem expressão expressão arquitetônica graças às arcadas superpostas em madeira.







Rua Ziguezague: Construída pelos ingleses, a curiosa rua tem o nome de Rua em Ziguezague. Formada por um conjunto de rampas bidirecionais em pedra, com escadaria lateral de onde se originou o seu nome, sua função era facilitar e dar maior segurança para pedestres e montarias no acesso da parte mais baixa à parte mais alta da cidade.










Distrito de Honório Bicalho: Considerada como uma das cidades de melhor qualidade de vida, na Mata do Jambreiro estão luxuosos condomínios. No distrito de Honório Bicalho muitos imigrantes italianos se instalaram quando chegaram em Minas Gerais no início do século 19.

Ponto de passagem da Estrada Real, durante 150 anos o distrito de Honório Bicalho serviu de passagem para o ouro, diamantes e esmeraldas que eram levados para os navios atracados no litoral do Rio de Janeiro.

Nessa região está a cachoeira das 27 voltas com suas três quedas de água que culminam numa cachoeira de 30 metros de altura. Também é o ponto final da Trilha Parque Rio das Velhas que começa em Itabirito.












São Sebastião das Águas Claras / Macacos: Um dos mais conhecidos e frequentados da cidade é o distrito de São Sebastião das Águas Claras, mais conhecido como Macacos. Típico arraial mineiro e charmoso como poucos, o lugarejo tem características de uma vila.

Com exuberante natureza, paz das montanhas e pacata vida do interior, há inúmeras pousadas e restaurantes junto à natureza. A região é repleta de cachoeiras e trilhas. Os quitutes da região feitos tradicionalmente no fogão à lenha, deram origem ao Festival Gastronômico.

Macacos é um dos points preferidos para os amantes de Trail, Biking, Trakking e outros esportes radicais. O arraial é de muita adrenalina e diversão que culmina nos barzinhos depois das trilhas e dos banhos de cachoeira. À noite Macacos é o ponto de encontro de muitos jovens provenientes de Belo Horizonte e de regiões próximas.









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Quem sou

Nascida em Belo Horizonte, apaixonada pela vida urbana, sou fascinada pelo meu tempo e pelo passado histórico, dois contrastes que exploro para entender o futuro. Tranquila com a vida e insatisfeita com as convenções, procuro conhecer gente e culturas, para trazer de uma viagem, além de fotos e recordações, o que aprendo durante a caminhada. E o que mais engradece um caminhante é saber que ao compartilhar seu conhecimento, possa tornar o mundo melhor.

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